A dor é imensa, o luto está nos corações de todos os
portugueses. Em cada vítima sentimos uma horrível perda, a tragédia de cada família é a nossa.
E somos um povo bom e fantástico. Depois de uma tragédia como
a do terrível incêndio de Pedrogão Grande, o pais está envolvido numa vaga de
solidariedade nunca vista.
Mas, desde que me lembro, todos os Verões em Portugal é uma
época votada a incêndios assustadores que devastam florestas e destroem bens
materiais.
Há quantos anos vivemos esta "Crónica de Tragédia Anunciada?
Há quantos anos vivemos esta "Crónica de Tragédia Anunciada?
Por vezes, muitas vezes, morrem os nossos Bombeiros ou ficam gravemente
feridos. Mas continuam a ganhar um salário de miséria e todos os anos os Dirigentes
dos Bombeiros se queixam de falta de condições no combate aos fogos.
Desta vez, as perdas humanas tornaram esta tragédia numa
catástrofe incompreensível e quase insuportável
para o nosso entendimento.
Mais de 60 pessoas mortas, mais de 60 feridos num
incêndio incontrolável. Famílias presas nas estradas ladeadas de árvores que se
tornaram ratoeiras.
Não chega a onda de solidariedade. É preciso questionarmos os
nossos governantes, dar palavra aos especialistas em Serviços Florestais, Silvicultura, Ambiente e Corpos de
Bombeiros, fazer regressar o Corpo de
Guardas Florestais e exigir programas de
Florestamento eficazes na protecção das populações e combate aos incêndios.
Não chega a nossa tristeza. O pais precisa da nossa revolta
e exigências.
Temos eleições à porta. Devemos, temos obrigação de exigir
projectos que sejam cumpridos na questão da Florestação na protecção das populações e no Combate aos
incêndios.
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