Memórias de Abril I

Quando a História se torna memória, quando as celebrações se tornam formais, quando a Festa da Liberdade passa a ser mais um feriado feliz no calendário, tenho vontade de recordar os heróis, os homens e mulheres que viveram a História, deixando que os outros a escrevessem.



Este é o último herói Romântico da nossa História, Salgueiro Maia, que acreditava na pureza da palavra Liberdade.

Deixo-vos ainda a recente edição de um pequeno livro dedicado a este Capitão de Abril  -

SALGUEIRO MAIA: LOUVOR NAS LÍNGUAS IBÉRICAS

Vinte e cinco poemas em cinco línguas (Português – de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Cabo Verde – Espanhol, Galego, Catalão e Basco), prestam homenagem ao Capitão de Abril, Salgueiro Maia, falecido há 25 anos (4 de Abril de 1992), numa recente edição de Suso Diaz, escritor e editor galego. São nove as contribuições de Portugal.

Entre as quais «Salgueiro Maia», o poema que Maria Teresa Horta dedica, na segunda pessoa, ao Capitão de Abril «com o teu romântico / sonho / revolucionário / Corajoso / Independente / Libertário».

Entre os poetas portugueses, estão também os nomes de Manuel Alegre e Sophia de Mello Breyner, contando-se ainda os de Joaquim Cardoso Dias, Leonor Macedo, Jorge Reis-Sá, João Manuel Ribeiro, António Carlos Santos e Ruy Ventura.


O livro de Suso Diaz (“Ediciones liliputienses”) é igualmente ilustrado por frases, já históricas, do jovem capitão da Escola Prática de Cavalaria, bem como pelas gravuras de Baldo Ramos. Na nota do editor, escreve Suso Diaz: «Salgueiro Maia conjugou o sentir de um povo para o libertar a partir do sonho de uma revolução sem lágrimas de dor, com um pranto de sentimento, semeando de pétalas uma primavera de vitória e fraternidade».



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